Entre os anos de 2016 e 2017, os desastres naturais causaram mais de R$ 17 milhões de prejuízos ao Acre, segundo um levantamento divulgado nesta segunda-feira, 7, pelo Observatório dos Desastres Naturais. O valor soma os impactos imediatos e futuros das grande alagações vivenciadas pelos acreanos, como a do Rio Madeira, em 2014, quando o Acre sofreu extremas dificuldades de abastecimento porque a água do rio cobriu a BR-364 e impediu o transporte de alimentos, remédios e bens de consumo.
No País, esse prejuízo representou R$ 244,9 bilhões, com 53,6 milhões de pessoas afetadas o que corresponde a 25% da população brasileira. Apenas no primeiro semestre de 2017, os desastres trouxeram R$1,8 milhão de prejuízos para os setores de agricultura, pecuária e indústria. Os impactos locais são muito contundentes mas comparando à situação de outros Estados o Acre é está entre os cinco que menos sofrem com esses desastres.
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Os desastres naturais são os resultados de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos, materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais. De acordo com o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil os Municípios podem decretar a Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública, dependendo do grau nível de problema provocado pelo desastre. Nos últimos anos foram mais de 32.000 decretos publicados, a maioria deles foram na região Nordeste em decorrência da seca, que foi a principal responsável por esse número elevado de decretações. De 2003 a 2018, foram emitidos e aprovados 56 decretos de situação de emergência no Acre -ou quase decretos em média por ano.